Depois de dez anos, Ronaldinho Gaúcho pisou com o pé direito no estádio Olímpico exatamente às 14h40m. Descontraído, desceu do ônibus com sua caixa de som portátil que tocava funk. Em campo, cobrou uma falta na trave, dançou com Deivid no primeiro gol do Flamengo, mas teve atuação apagada diante da enfurecida torcida do Grêmio no segundo tempo. E provou do amargo sabor da derrota. Os números até que não foram ruins: ao todo, foram quatro finalizações, sendo uma bola na trave logo no começo do jogo. Acertou 29 passes, e errou quatro. Levantou oito bolas na área, recebeu duas faltas e saiu premiado com um cartão amarelo, que levou a torcida gremista ao delírio.

Quando seu nome foi anunciado no placar eletrônico antes mesmo de entrar em campo, muitas vaias. Ao pisar no gramado, às 15h51m, gritos de “pilantra”, “mercenário” e xingamentos. Seguranças particulares contratados pelo Grêmio ficaram posicionados atrás do túnel de onde o time rubro-negro saiu para evitar que moedas fossem arremessadas no campo.